quinta-feira, 30 de junho de 2011

    Trabalho num prostíbulo


    Bom dia, dona Patrícia, queria compartilhar a minha guerra pelas almas.
    Segunda-feira veio à igreja, em Vitória-Gasteiz (País Vasco), uma garota que trabalha na noite, ela trouxe três garotas para a oração da tarde. Conversando com elas, eu disse: “Se vocês quiserem, eu posso ir onde trabalham, convidem as demais garotas para que eu faça uma oração por vocês”. E elas disseram: “Está bem, te avisaremos”.
    Elas voltaram na terça-feira para a oração. Agora já estavam em quatro garotas, veio uma a mais, e me deram a resposta da visita. Me disseram que sim, que eu poderia ir, inclusive comentaram com o “chefe” delas e ele disse que também participaria da oração, pois necessitava muito.
    Chamei uma moça que vem à igreja, Marly, para que me acompanhasse na visita, seria na quarta-feira às 18h00.
    Bom, me preparei, Marly e eu fizemos jejum e oração a fim de que as garotas tomassem a decisão de mudar de vida, preparei a carta que a senhora me enviou para dar a todas, uma em português e outra em espanhol.
    Quando cheguei ao lugar, elas estavam nos esperando, e também o “chefe”, que é espanhol. Cumprimentei a todas, a maioria é brasileira, as outras são colombianas e dominicanas, havia 11 pessoas.
    Fiz a oração pela proteção delas, levei azeite e as ungi, e também o “chefe”. Foi muito forte, uma bênção. Falei que havia levado uma lembrança para elas e lhes entreguei a carta.
    Sabe, dona Patrícia, foi uma grande experiência para a minha vida, e eu nunca esquecerei o dia 29 de junho.
    Depois elas me levaram ao andar onde elas vivem, porque ali havia outras pessoas. Entrei e fiz uma oração por três garotas que nos receberam. Uma delas estava enferma, teve um acidente e quase perdeu a mão.
    A garota que vem todos os dias à igreja, me levou ao seu quarto e disse que a mente dela estava mais clara, e já sabia o que queria, agora já fala com o seu pai e o perdoou. Ela está muito feliz porque o seu pai pediu que voltasse ao Brasil, então ela decidiu viajar em setembro, e confirmou: “No Brasil não vou continuar com essa vida, mas a primeira coisa que farei será ir à Igreja, para que Deus me ajude a seguir em frente com meu filho.”
    Dentro de mim eu gritava de felicidade, convidei a todas para vir hoje, quinta-feira, à reunião das mulheres que faço às 20h00 e me disseram que viriam.
    Quando saí do lugar, elas ficaram contentes, olhei em seus rostos e não as vi como a primeira vez. Seus rostos eram outros. Uma garota dominicana me disse: “Eu te conheço, você se lembra de mim? Você me deu um convite para o evento realizado no hotel e eu fui”.
    Ela me disse que está a dois meses trabalhando na prostituição, e que não quer esta vida. Ela não vive com as demais, mas em um quarto à parte e só se veem a noite quando saem para trabalhar, porque algumas delas já estão acostumadas. Inclusive, algumas já foram a vários países com os clientes, mas ela disse: “Para mim isso não é vida”. E eu respondi: “Esta vida não é para nenhuma mulher. Se você quiser ajuda, já sabe onde me encontrar. Vá até a igreja amanhã”,  lhe dei meu número de telefone para qualquer necessidade.
    Dona Patrícia, ontem foi o dia mais feliz do mundo, e vou lutar para que todas deixem essa vida. Para mim começou a guerra, não quero que só duas mulheres deixem essa vida, mas todas elas, e vou conseguir.
    O Senhor disse a Gideão: “Vai nessa tua força”, e eu também vou nesta minha força.
    Quando eu for à Madrid, lhe contarei mais sobre as experiências desta evangelização que estamos fazendo.
    Abraços,
    Mayra Cerón
    Obs.: Patrícia é uma cirurgiã-dentista casada com o pastor Walber, responsável pelo trabalho da IURD na Espanha. Ela é a responsável pelo trabalho com as prostitutas no país.


    Mayra Cerón é esposa de outro pastor. Ela auxilia a Dra. Patrícia na evangelização das prostitutas nos seus respectivos prostíbulos.

    Retirado do Blog do Bispo Macedo

    0 comentários:

    Postar um comentário

    Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...