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    quarta-feira, 3 de agosto de 2011

    A vaquinha


    História já conhecida por muitos, mas sempre tem alguém que ainda não ouviu falar. E mesmo se você já conhece a história, vale a pena lembrar. Vamos lá.


    Era uma vez, um sábio chinês e seu discípulo. Em suas andanças pelo interior da China, avistaram ao topo de um monte um casebre de extrema pobreza onde vivia um homem, uma mulher, 3 filhos pequenos e uma vaquinha magra e cansada.

    Com fome e sede, o sábio e o discípulo pediram abrigo e foram recebidos. O sábio perguntou à família como conseguiam sobreviver naquela pobreza e longe de tudo.

    - O senhor vê aquela vaca ? - disse o pai de família. Dela tiramos todo o nosso sustento. Ela nos dá leite que bebemos e transformamos em queijo e coalhada. Quando sobra, vamos à cidade e trocamos por outros alimentos. É assim que vivemos.

    O sábio agradeceu e partiu com o discípulo. Nem bem fizeram a primeira curva, disse ao discípulo :

    - Volte lá, pegue a vaquinha, leve-a àquele precipício ali em frente e atire-a lá em baixo.

    O discípulo não acreditou no que estava ouvindo. 

    - Não posso fazer isso, mestre! Como pode ser tão ingrato e cruel? A vaquinha é tudo o que eles têm. Se a vaca morrer, eles morrem!

    O sábio, como convém aos sábios chineses, apenas respirou fundo e repetiu a ordem :

    - Vá lá e empurre a vaquinha.

    Indignado porém resignado, o discípulo assim fez. A vaca foi precipício abaixo, estatelou-se em uma pedra, e morreu.

    Alguns anos se passaram e o discípulo sempre com aquele remorso. Num certo dia, moído pela culpa, abandonou o sábio e decidiu voltar àquele lugar. Queria ajudar a família, pedir desculpas.

    Ao fazer a curva da estrada, não acreditou no que seus olhos viram. No lugar do casebre desmazelado havia um sítio maravilhoso, com árvores, piscina, carro importado, antena parabólica... Perto da churrasqueira, os jovens filhos, lindos, robustos comemorando com os pais a conquista do primeiro milhão. O coração do discípulo gelou. Decerto, não é a mesma família, pensou. Com certeza, vencidos pela fome, foram obrigados a vender o terreno e ir embora. Devem estar mendigando na rua, imaginou o discípulo. Mas resolveu confirmar.

    Aproximou-se do dono da casa e perguntou se ele sabia o paradeiro da família que havia morado lá há alguns anos.

    - Claro que sei. Você está olhando para ela. Nossa família sempre morou aqui.

    Incrédulo, o discípulo fitou ao homem, sua mulher e filhos, e finalmente os reconheceu. Era o mesmo homem de antes, só que mais forte, confiante. A mulher estava mais feliz, e as crianças, agora adolescentes fortes e saudáveis. Espantado, dirigiu-se ao homem e disse :

    - Mas o que aconteceu? Eu estive aqui com meu mestre há alguns anos atrás e era um lugar miserável, não havia nada. O que o senhor fez para melhorar de vida em tão pouco tempo?

    O homem olhou para o discípulo, sorriu e respondeu :

    - Nós tínhamos uma vaquinha, de onde tirávamos o nosso sustento. Era tudo o que possuíamos. Mas um dia ela caiu no precipício e morreu. Para sobreviver, tivemos que fazer outras coisas. Começamos a tentar coisas novas, desenvolver habilidades que nem sabíamos que tínhamos. E foi assim, buscando novas soluções, que começamos a prosperar e hoje, como pode ver, estamos muito melhor que antes.

    Moral da história: Às vezes a dependência que temos de algo pequeno e limitado é o maior obstáculo ao nosso crescimento.Talvez a melhor coisa que pode acontecer com você é empurrar a sua “vaquinha” precipício abaixo. Uma vez livre daquele pensamento “é pouco mas é garantido”, daquela idéia “não é bom mas vamos levando”, e aquela outra “não estou bem mas tem gente muito pior que eu” — é que a sua vida realmente vai mudar.

    Existe uma vaquinha na sua vida que lhe mantém miserável?

    quarta-feira, 16 de março de 2011

    História : MANTENHA SEU GARFO

    Havia uma jovem mulher que tinha uma doença terminal e lhe foi previsto apenas mais três meses de vida. Desta forma, ela começou a colocar suas coisas "em ordem".

    Passado algum tempo, ligou para um amigo e pediu que viesse à sua casa para discutirem determinados aspectos de seus últimos desejos.

    Conversaram sobre vários pontos e ela lhe disse sobre todas as suas vontades relacionadas ao serviço funerário. Tudo estava em ordem e o amigo preparava-se para sair quando a mulher lembrou-se de algo muito importante para ela.
    - Tem mais uma coisa! Disse excitada
    - Do que se trata? Perguntou o amigo.

    - Isto é muito importante. - a mulher continuou - Eu quero ser enterrada com um garfo em minha mão direita.

    O amigo ficou olhando a mulher sem saber o que dizer.

    - Isto é uma surpresa para você, não é? A jovem mulher perguntou.
    - Bem, para ser honesto, estou confuso com este seu pedido. Respondeu o amigo.

    A mulher então explicou.
    - Quando eu era criança e visitava minha avó, quando no jantar os pratos começavam a ser recolhidos, minha vó inclinava-se em minha direção e cochichava em meu ouvido: "Mantenha o seu garfo". Era minha parte favorita porque eu sabia que algo melhor estava por vir... como o bolo de chocolate ou a torta de maçã. Algo sempre maravilhoso, e com substância!

    - Assim, eu apenas quero que as pessoas me vejam lá no caixão com um garfo em minha mão e então perguntarão "para que é o garfo?". Então quero que lhes diga: "ela mantém seu garfo porque o melhor está por vir".

    sexta-feira, 4 de março de 2011

    História: Você sabe a onde esconderam a felicidade?

    Um pouco antes da humanidade existir, se reuniram vários duendes para fazer uma travessura. Um deles falou: devemos roubar-lhes algo, porém o que vamos a roubar?

    Depois de muito pensar um duende gritou: Já sei! Vamos roubar-lhes a felicidade, porém o problema vai ser a onde a esconderemos para que ninguém possa descobri-la.

    O primeiro propôs: "Vamos a escondê-la no alto da montanha mais alta do mundo", e imediatamente retrucou o outro: "Não, recorda que eles conhecem a força e algum dia alguém poderá subir e encontrá-la, e quando um lá encontrar, já todos saberão onde ela está.

    Em seguida propôs o outro: Então vamos a ocultá-la no fundo do mar, e outro contestou: Não, recorda que eles possuem curiosidade, algum dia alguém construirá algum aparelho para poder descer e assim a encontrará.

    Outro mais gritou: Vamos escondê-la em um planeta bem longe da Terra. E responderam: Não, recorda que eles têm inteligência, e um dia alguém vai construir uma nave para poder viajar a outros planetas e assim vai descobrir, e todos possuirão a felicidade.

    O último deles era um duende que havia permanecido em silencio, escutando atenciosamente cada uma das proposições dos demais. Analisou cada uma delas e falou: Creio saber a onde colocá-la para que realmente nunca a encontrem.

    Todos viraram assombrados e perguntaram ao duende: A onde?

    O duende respondeu: "Vamos escondê-la dentro deles mesmos. Estarão tão ocupados procurando lá fora, que nunca a encontrarão.

    sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

    HISTÓRIA: Os sapinhos


    Era uma vez uma corrida .... de sapinhos.

    O objetivo era atingir o alto de uma grande torre. Havia no local uma multidão assistindo. Muita gente para vibrar e torcer por eles.

    Começou a competição. Mas como a multidão não acreditava que os sapinhos pudessem alcançar o alto daquela torre, o que mais se ouvia era: "Que pena !!! Esses sapinhos não vão conseguir. Não vão conseguir."

    E os sapinhos começaram a desitir. Mas havia um que persistia e continuava a subida, em busca do topo.

    A multidão continuava gritando : "Pena!!! Vocês não vão conseguir."

    E os sapinhos estavam mesmo desistindo um por um, menos aquele sapinho que continuava tranqüilo, embora arfante.

    Ao final da competição, todos desistiram, menos ele.

    A curiosidade tomou conta de todos. Queriam saber o que tinha acontecido.

    E assim, quando foram perguntar ao sapinho como ele havia conseguido concluir a prova, descobriram que ele era surdo.

    Não permita que pessoas com o péssimo hábito de serem negativas, derrubem as melhores e mais sábias esperanças de seu coração.
    Lembre-se sempre: há poder em nossas palavras e em tudo o que pensamos.Seja Positivo!!!

    quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

    HISTÓRIA: O velho, o menino e o burro

    Um velho resolveu vender seu burro na feira da cidade.Como iria retornar andando, chamou seu neto para acompanhá-lo. Montaram os dois no animal e seguiram viagem.

    Passando por umas barracas de escoteiros, escutaram os comentários críticos; " Como é que pode, duas pessoas em cima deste pobre animal !".

    Resolveram então que o menino desceria, e o velho permaneceria montado. Prosseguiram...

    Mais na frente tinha uma lagoa e algumas velhas estavam lavando roupa. Quando viram a cena, puseram-se a reclamar; " Que absurdo ! Explorando a pobre criança, podendo deixá-la em cima do animal."

    Constrangidos com o ocorrido, trocaram as posições, ou seja, o menino montou e o velho desceu.

    Tinham caminhado alguns metros, quando algumas jovens sentadas na calçada externaram seu espanto com o que presenciaram; "Que menino preguiçoso ! Enquanto este velho senhor caminha, ele fica todo prazeroso em cima do animal. Tenha vergonha !"

    Diante disto, o menino desceu e desta vez o velho não subiu. Ambos resolveram caminhar, puxando o burro.

    Já acreditavam ter encontrado a fórmula mais correta quando passaram em frente a um bar. Alguns homens que ali estavam começaram a dar gargalhadas, fazendo chacota da cena; " São mesmo uns idiotas ! Ficam andando a pé, enquanto puxam um animal tão jovem e forte !"

    O avô e o neto olharam um para o outro, como que tentando encontrar a maneira correta de agir.

    Então ambos pegaram o burro e o carregaram nas costas !!!

    Além de divertida, esta fábula mostra que não podemos dedicar atenção irracional para as críticas, pois estas acontecerão sempre, independente da maneira em que procurarmos agir.

    sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

    A Janela do Hospital

    Dois homens, seriamente doentes, ocupavam o mesmo quarto em um hospital. Um deles ficava sentado em sua cama por uma hora todas as tardes para conseguir drenar o líquido de seus pulmões. Sua cama ficava próxima da única janela existente no quarto.

    O outro homem era obrigado a ficar deitado de bruços em sua cama por todo o tempo. Eles conversavam muito. Falavam sobre suas mulheres e suas famílias, suas casas, seus empregos, seu envolvimento com o serviço militar, onde eles costumavam ir nas férias.

    E toda tarde quando o homem perto da janela podia sentar-se ele passava todo o tempo descrevendo ao seu companheiro todas as coisas que ele podia ver através da janela.

    O homem na outra cama começou a esperar por esse período onde seu mundo era ampliado e animado pelas descrições do companheiro. Ele dizia que da janela dava pra ver um parque com um lago bem legal. Patos e cisnes brincavam na água enquanto as crianças navegavam seus pequenos barcos. Jovens namorados andavam de braços dados no meio das flores e estas possuíam todas as cores do arco-íris. Grandes e velhas árvores cheias de elegância na paisagem, e uma fina linha podia ser vista no céu da cidade.

    Quando o homem perto da janela fazia suas descrições, ele o fazia de modo primoroso e delicado, com detalhes e o outro homem fechava seus olhos e imaginava a cena pitoresca. Uma tarde quente, o homem perto da janela descreveu que havia um desfile na rua, embora ele não pudesse escutar a música, ele podia ver e descrever tudo.

    Dias e semanas passaram-se. Em uma manhã a enfermeira do dia chegou trazendo água para o banho dos dois homens mas achou um deles morto. O homem que ficava perto da janela morreu pacificamente durante o seu sono a noite. Ela estava entristecida e chamou os atendentes do hospital para levarem o corpo embora.

    Assim que julgou conveniente, o outro homem pediu a enfermeira que mudasse sua cama para perto da janela. A enfermeira ficou feliz em poder fazer esse favor para o homem e depois de verificar que ele estava confortável, o deixou sozinho no quarto.

    Vagarosamente, pacientemente, ele se apoiou em seu cotovelo para conseguir olhar pela primeira vez pela janela. Finalmente, ele poderia ver tudo por si mesmo. Ele se esticou ao máximo, lutando contra a dor para poder olhar através da janela e quando conseguiu fazê-lo deparou-se com um muro todo branco. Ele então perguntou a enfermeira o que teria levado seu companheiro a descrever-lhe coisas tão belas, todos os dias se pela janela só dava pra ver um muro branco?

    A enfermeira respondeu que aquele homem era cego e não poderia ver nada mesmo que quisesse. Talvez ele só estivesse pensando em distraí-lo e alegrá-lo um pouco mais com suas histórias.

    há uma tremenda alegria em fazer outras pessoas felizes, independente de nossa situação atual. Dividir problemas e pesares é ter metade de uma aflição, mas felicidade quando compartilhada é ter o dobro defelicidade. Se você quer se sentir rico, apenas conte todas as coisas que você tem e que o dinheiro não pode comprar. O hoje é um presente e é por isso que é chamado assim.

    terça-feira, 23 de novembro de 2010

    O MANTO

    Nas lendas dos Sufis contam que Pedro, o Apóstolo, recebera de um amigo um manto vermelho feito por um tecelão do Antigo Oriente. O manto era bonito e Pedro gostava muito dele. Certa manhã, enquanto acompanhava Jesus nos compromissos do dia, o Mestre indagou-lhe:

    - Pedro, meu amigo, o que tentas ocultar? Vejo em seus olhos uma tristeza. Que sombras turvam o vosso coração?

    - Mestre, meu Senhor. Roubaram o meu manto !

    - E o que pensas fazer?

    - Procurarei o culpado e ele receberá severa sanção.

    - Ouve, Pedro, meu querido: "EM PRIMEIRO LUGAR, PROCURA A TUA PRÓPRIA LUZ, PARA DEPOIS TE TORNARES JUIZ".
    . . . .

    Nesta bela lição vemos que quem não supera alguma perda, material ou afetiva, e se entrega cegamente ao sofrimento pode turvar o próprio coração. A razão disto é o apego: "CONSIDERAR PERMANENTE O QUE POR NATUREZA É TRANSITÓRIO", e assim vem a dor.. Infelizmente, há quem transforme essa dor em revolta, atraindo para si todas as sombras da negatividade, julgando as pessoas severamente, assumindo uma postura descrente e indo até contra Deus.

    Mas a receita de Jesus é perfeita: "NESSES MOMENTOS É QUE DEVEMOS PROCURAR A LUZ, E NESSA LUZ ENCONTRAR O REFÚGIO IDEAL PARA AQUIETAR O CORAÇÃO." Sem luz nada é possível, a não ser estacionarmos no mesmo lugar. Com luz saberemos o que fazer e em que direção orientar os nossos passos. Aquele que avança contra seu próximo movido pela revolta desfigura espiritualmente a si próprio e afunda os pés no pântano da dor. É preciso refletir.. O equilíbrio e a verdadeira paz são conquistas do trabalho interior e não virtudes.

    Aquele que busca, encontra, mas é preciso buscar porque todos temos dentro de nós uma luz. E é preciso mantê-la acessa para iluminar a nossa existência. "COM LUZ HÁ PAZ NO CORAÇÃO.. COM LUZ EXISTE AMOR.. COM LUZ PODEMOS VIVER EM HARMONIA.. COM LUZ A VIDA É MAIS BELA.."..

    sexta-feira, 15 de outubro de 2010

    A LIÇÃO DO RATINHO

    Um rato, olhando pelo buraco na parede, vê o fazendeiro e sua esposa abrindo um pacote. Pensou logo no tipo de comida que haveria ali... Ao descobrir que era uma ratoeira ficou aterrorizado!

    Correu ao pátio da fazenda advertindo a todos:

    - Há uma ratoeira na casa, uma ratoeira na casa !!

    A galinha disse:

    - Desculpe-me Sr. Rato, eu entendo que isso seja um grande problema para o senhor, mas não me prejudica em nada, não me incomoda.

    O rato foi até o porco e disse:

    - Há uma ratoeira na casa, uma ratoeira !

    - Desculpe-me Sr. Rato, disse o porco, mas não há nada que eu possa fazer, a não ser orar. Fique tranqüilo que o Sr. Será lembrado nas minhas orações.

    O rato dirigiu-se à vaca. E ela lhe disse:

    - O que ? Uma ratoeira ? Por acaso estou em perigo? Acho que não!

    Então o rato voltou para casa abatido, para encarar a ratoeira.

    Naquela noite ouviu-se um barulho, como o da ratoeira pegando sua vítima. A mulher do fazendeiro correu para ver o que havia pego. No escuro, ela não viu que a ratoeira havia pego a cauda de uma cobra venenosa.

    E a cobra picou a mulher... O fazendeiro a levou imediatamente ao hospital. Ela voltou com febre. Todo mundo sabe que para alimentar alguém com febre, nada melhor que uma canja de galinha. O fazendeiro pegou seu cutelo e foi providenciar o ingrediente principal.

    Como a doença da mulher continuava, os amigos e vizinhos vieram visitá-la. Para alimentá-los, o fazendeiro matou o porco. A mulher não melhorou e acabou morrendo. Muita gente veio para o funeral. O fazendeiro então sacrificou a vaca, para alimentar todo aquele povo.

    Moral da História:

    Na próxima vez que você ouvir dizer que alguém está diante de um problema e acreditar que o problema não lhe diz respeito, lembre-se que quando há uma ratoeira na casa, toda a fazenda corre risco.

    O problema de um é problema de todos!

    terça-feira, 27 de julho de 2010

    A VERDADE

    Na Inglaterra havia um homem que, apesar de ser muito rico, ter esposa e dois filhos maravilhosos, resolveu sair pelo mundo em busca da Verdade. Conversou sobre isso com a família, providenciou para que nada lhes faltasse durante a sua ausência, e saiu pelo mundo. Andou durante muitos anos perguntando sobre a Verdade pelos quatro cantos da Terra. Até que um dia alguém apontou uma montanha para ele e disse:

    - Lá em cima tem uma gruta. Dizem que é lá onde mora a Verdade.
    O homem subiu na montanha e encontrou uma velha maltrapilha sentada na entrada da gruta, e perguntou:
    - Você é a Verdade?

    Ela respondeu que "sim" numa voz tão cristalina e encantadora que o homem não teve dúvidas de que estava diante da própria. Então, resolveu ficar ali morando com ela e aprendendo mais sobre a vida e as coisas. Depois de um ano e um dia, sentiu finalmente saudades de casa e resolveu voltar. A Verdade não se opôs. Ao se despedir, o homem perguntou:

    - O que eu poderia fazer por você depois de tudo o que você fez por mim?

    A Verdade parou um pouco e pensou. Depois levantou o seu dedinho de velha e disse:

    - Quando perguntarem por mim, diga que eu sou jovem e bonita !

    Neste conto, recolhido pela atriz Raquel Barch, podemos, num primeiro momento, até nos divertir um pouco acreditando que a Verdade pedira para o homem mentir sobre ela, colocando ele numa situação constrangedora. Mas, seria realmente assim?

    A Verdade é íntegra por natureza e, portanto, incapaz de qualquer falsidade. Devemos, então, aceitar uma segunda hipótese: "a percepção limitada do homem estava errada, pois a Verdade não era velha e maltrapilha, mas, sim, jovem e bonita."

    Conclui-se, claramente, que ao homem não bastara todo aquele tempo junto à Verdade para compreendê-la. Para tal, era preciso compreender também o significado da vida e do tempo, e ter alcançado um certo grau de consciência, liberta da ilusão da forma. Esta capacidade só se alcança quando, mesmo estando hoje presos à uma forma física, nos tornamos sensíveis à Realidade Interior.

    Isto acontece também nos relacionamentos humanos: "quantas vezes convivemos com uma pessoa, até sob o mesmo teto, e, mesmo depois de anos, não chegamos a conhecê-la completamente, devido a nossa miopia para enxergar o seu interior."

    Da mesma maneira, a pessoa evoluída reconhece que na idade madura, quando a curva biológica começa a declinar, a sua forma física não consegue mais servir o Espírito, como antes, que se mantêm sempre jovem e belo. O mistério da vida talvez se resume apenas nesta Verdade:

    "VIVEMOS NESTAS DUAS REALIDADES, UMA QUE PASSA E ENVELHECE, E OUTRA QUE PERMANECE."

    "AQUELE QUE SE PRENDE À FORMA NÃO CONSEGUE VER O FUNDO. E AQUELE QUE ALCANÇA O FUNDO NÃO SE ILUDE COM A FORMA."

    domingo, 25 de julho de 2010

    O GALO VELHO E O GALO NOVO

    Na fazenda do Sr. Arlindo não grandes plantações, mas no terreiro, atrás da casa, tinha uma vasta criação de galinhas que dava gosto de ver.Os ovos eram uma beleza! Não como esses que se encontram nas granjas e aviários, mas daqueles de gema amarelinha, saborosíssimos.

    O “Seu Arlindo” tinha inúmeras galinhas, mas um só galo. Era o velho Bastião, que reinava soberano no terreiro, já com muitos anos de bons serviços prestados.

    Tudo corria em muita paz, até que chegou na fazenda um galo jovem, de bico grande, chamado Fincudo. É claro que o “clima” não tardou a ferver. Bastião e Fincudo não podia nem se ver. Ainda que as galinhas fossem muitas, cada um dos galos queria reinar com absoluta soberania, o que significava que um dos dois tinha que partir. Através do diálogo, nem pensar! A coisa tinha de ser resolvida na força, numa “briga de galo”.

    A briga foi ferrenha, os dois se “pegaram” na porta do galinheiro, foram se bicando e pulando de um canto ao outro do terreiro. As galinhas cacarejavam loucamente para todo lado. a confusão era total, até que, algum tempo depois, o velho Bastião, já cansado, deu-se por vencido.

    Fincudo era ó orgulho. Deu uma olhada de ponta a ponta do terreiro e sua crista estava mais em pé do que nunca. Um momento de conquista como esse tinha de ser comemorado “em grande estilo”. Nada mais adequado do que cantar de galo, lá de cima do telhado. Fincudo subiu em cima da cerca, de lá pulou para o telhado da varanda, que era mais baixo e, não satisfeito, voou para o alto do telhado principal da sede da fazenda. O jovem galináceo estufou o peito e soltou: “Có có có có!”

    O som foi tão alto que chamou a atenção de um gavião que voava por perto. A ave bateu forte as suas asas e, num vôo rasante e fulminante, arrebatou fincudo do telhado, levando-o em suas garras possantes. E lá se foi o pobre galo infeliz, para ser devorado, não se sabe onde, enquanto o velho bastião reassumia suas funções novamente.

    A fábula do galo fincudo mostra, em sua simplicidade, uma lição de incalculável valor. Aquele que exalta a si mesmo será, com certeza, abatido. Não escapará nem um sequer. Esse é o caminho mais rápido e mais antigo para a desgraça, e foi inaugurado há muitos anos pelo próprio satanás. Entretanto, infelizmente, essa velha e maldita estranha continua muito movimentada. É estrada de mão única, que só desce.
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